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domingo, 13 de outubro de 2013

Os assuntos religiosos



Os assuntos religiosos




Justiniano tinha grande interesse pelas questões teológicas. Seu objetivo maior era unir o Oriente com o Ocidente por meio da religião. Seu programa político pode ser sintetizado numa breve fórmula: "Um Estado, uma Lei, uma Igreja". Justiniano procurou solidificar o monofisismo (doutrina elaborada por Eutiques, segundo a qual só havia natureza, a divina, em Cristo). Essa doutrina tornou-se forte na Síria (patriarca de Antioquia) e no Egito (patriarca de Alexandria), que tinham aspirações emancipacionistas. Os seguidores dessa heresia tinham na imperatriz Teodora uma partidária. Esta tentou conciliar ortodoxos e heréticos, com relativo êxito. Autoritário, Justiniano combateu e perseguiu judeus, pagãos e heréticos, ao mesmo tempo que interveio em todos os negócios da Igreja, a fim de mantê-la como sustentáculo do Império e sob seu controle. A Academia de Platão, último baluarte do paganismo, foi fechada. As catedrais dos Santos Apóstolos e de Santa Sofia foram construídas durante seu governo, para evidenciar o poder imperial.
Em 529, Justiniano fechou a Academia de Platão, Em 540 d.C. também considerou extinta o Talmude nas sinagogas. Em 550, eliminou o reduto dos mistérios egípcios na Ilha de Filac.

 Extraído de http://pt.wikipedia.org/wiki/Justiniano_I

  Política religiosa

 Teodora fez o que pode contra o apoio do marido aos calcedonianos na controvérsia religiosa que dividia o império11 . Apesar de Justiniano ser calcedoniano, Teodora havia fundado um mosteiro miafisita em Gálata e dava abrigo no palácio aos líderes da facção que enfrentavam a hostilidade da maior parte dos calcedonianos, como era o caso de Severo de Antioquia e do patriarca Ântimo I de Constantinopla. Este havia sido nomeado patriarca por influência de Teodora e, depois de ter sido excomungado, permaneceu escondido na seção de Teodora do palácio por doze anos, quando morreu. Quando o patriarca calcedoniano Efraim de Antioquia provocou uma violenta revolta em Antioquia, oito bispos miafisitas foram convidados a irem a Constantinopla e Teodora os recebeu e os abrigou no Palácio de Hormisdas, adjunto do Grande Palácio, que havia sido a residência do casal imperial antes de se tornarem imperadores.
No Egito, quando Timóteo III morreu, Teodora pediu ajuda a Dióscoro, o prefeito, e Aristômaco, o doux do Egito, para que facilitassem a elevação de um discípulo de Severo, Teodósio, ludibriando assim o marido, que há muito vinha planejando colocar um sucessor calcedoniano como patriarca de Alexandria. Mas Teodósio I, mesmo com a ajuda das tropas imperiais, não conseguiu se manter em Alexandria contra os julianistas. Quando ele foi exilado por Justiniano, juntamente com 300 miafisitas, para a fortaleza de Delcus na Trácia, Teodora o resgatou e o colocou também no Palácio de Hormisdas. Lá ele viveu sob a proteção dela até 548 e, depois que ela morreu, a de Justiniano.
Quando o papa Silvério recusou a exigência de Teodora para remover o anátema de Agapito contra o patriarca Ântimo, ela enviou instruções a Belisário ordenando que ele encontrasse algum pretexto para remover Silvério. Quando o papa foi deposto, Vigílio foi nomeado em seu lugar.
Os calcedonianos da época afirmavam que Teodora não só espalhava ideias heréticas mas também minava a unidade do cristianismo.
Em Nobatia, no sul do Egito, os habitantes haviam se convertido para o cristianismo miafisita por volta de 540. Justiniano estava determinado a convertê-los de volta à fé calcedoniana e Teodora, igualmente determinada a deixá-los miafisitas. O imperador enviou missionários de Tebaida com presentes até Silko, o rei de Nobatia. Mas, ao saber disso, Teodora preparou seus próprios missionários e escreveu para o doux de Tebaida para que ele atrasasse a embaixada do marido para que os missionários miafisitas chegassem primeiro. O doux foi inteligente o suficiente para perceber que era melhor ajudar a impiedosa Teodora do que o mais maleável Justiniano e, assim, atrasou os missionários calcedonianos. Quando eles eventualmente chegaram até Silko, foram enviados de volta, pois a Nobatia já havia adotado o credo miafisita de Teodósio oficialmente.

  Extraído de http://pt.wikipedia.org/wiki/Teodora_(s%C3%A9culo_VI)
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José Reis Chaves (1935- escritor e bacharel em Comunicação e Expressão)

A preexistência do espírito é uma teoria que prega a existência do espírito, antes da
existência do corpo. Foi – como veremos em outro capítulo – uma das teses defendidas pelo
grande sábio Orígenes, e que foi condenada pelo polêmico V Concílio Ecumênico de
Constantinopla II (553).

[...]

A preexistência do espírito com relação ao corpo vivificado por ele, é a base fundamental para
a Teoria da Reencarnação, pois que, ao admitirmos o reencarne de um espírito,
automaticamente estamos admitindo que ele já encarnou antes, pelo menos uma vez que
seja.

Seria por isso que ela foi condenada pelo V Concílio Ecumênico de Constantinopla II, em
553? É possível, pois as pressões do imperador Justiniano e de sua mulher Teodora, como
veremos num outro capítulo, foram muito sérias, para não dizer um caso de polícia, como se
diz hoje. Aliás, veremos que, na realidade, ela nem foi condenada por esse tal concílio.
(CHAVES, 2002, p. 139-140).

Orígenes é conhecido como um dos maiores sábios do cristianismo de todos os tempos. Foi
praticamente o criador da nossa teologia cristã.

[...]

Porém, perante a História do cristianismo e mesmo perante a Igreja de hoje, Orígenes
é admirado e citado frequentemente por estudiosos e pesquisadores da Bíblia, da Filosofia e
da Teologia.

Embora ele tenha tido algumas de suas ideias condenadas pela Igreja, duas delas continuam
sendo atacadas normalmente, e não só por católicos, mas por protestantes também.

E foi o polêmico V Concílio Ecumênico de Constantinopla II, de 553, que condenou suas
doutrinas célebres: a Preexistência do Espírito e a Apocatástase (restauração de todas as
coisas), as quais a humanidade, hoje, está amadurecida para entendê-las, julgá-las e aceitá-
las. (CHAVES, 2002, p. 162-163).

O V Concílio Ecumênico de Constantinopla II (553)

A Igreja teve alguns concílios tumultuados. Mas parece que o V Concílio de Constantinopla II
(553) bateu o recorde em matéria de desordem e mesmo de desrespeito aos bispos e ao
próprio Papa Vigílio, papa da época.

O imperador Justiniano tem seus méritos, inclusive o de ter construído, em 552, a famosa
Igreja de Santa Sofia, obra-prima da arte bizantina, hoje uma mesquita muçulmana.

Era um teólogo que queria saber mais que teologia do que o papa. Sua mulher, a imperatriz
Teodora, foi uma cortesã e se imiscuía nos assuntos do governo do seu marido, e até nos de
teologia.

Contam alguns autores que, por ter sido ela uma prostituta, isso era motivo de muito orgulho
por parte das suas ex-colegas. Ela sentia, por sua vez, uma grande revolta contra o fato de
suas ex-colegas ficarem decantando tal honra, que, para Teodora, se constituía em desonra.

Para acabar com esta história, mandou eliminar todas as prostitutas da região de
Constantinopla – cerca de quinhentas.

Como o povo naquela época era reencarnacionista, apesar de ser em sua maioria cristão,
passou a chamá-la de assassina, e a dizer que deveria ser assassinada, em vidas futuras,
quinhentas vezes; que era seu carma por ter mandado assassinar as suas ex-colegas
prostitutas.

O certo é que Teodora passou a odiar a doutrina da reencarnação. Como mandava e
desmandava em meio mundo através de seu marido, resolveu partir para uma perseguição,
sem tréguas contra essa doutrina e contra o seu maior defensor entre os cristãos, Orígenes,
cuja fama de sábio era motivo de orgulho dos seguidores do cristianismo, apesar de ele ter
vivido quase três séculos antes.

Como a doutrina da reencarnação pressupõe a da preexistência do espírito, Justiniano e
Teodora partiram, primeiro, para desestruturar a da preexistência, com o que estariam,
automaticamente, desestruturando a da reencarnação.

Em 543, Justiniano publicou um édito, em que expunha e condenava as principais ideias de
Orígenes, sendo uma delas a da preexistência. (CHAVES, 2002, p. 185-186).

  Extraído dehttp://www.espiritualidades.com.br/Artigos/S_autores/SILVA_NETO_SOBRINHO_Paulo_tit_Reencarnacao_no_Concilio_de_Constantinopla_-_Origenes_x_Imperio_bizantino.pdf
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  http://balaiode-ideias.blogspot.com/2010/02/reencarnacao-no-cristianismo-primitivo.html
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